domingo, 18 de janeiro de 2009

NADA MORRE – TUDO SE TRANSFORMA!

NADA MORRE – TUDO SE TRANSFORMA

Escreveu Carlos Fernando Priess (*)


Vive a humanidade uma expectativa muito séria, diante do chamado efeito estufa, pelo uso desordenado dos derivados de petróleo, causando inclusive, o perigo da falta d'água, apesar das enchentes, já se fala até no racionamento futuro de energia elétrica.

Temos em verdade muitas alternativas que precisam ser levadas em conta, para que as futuras gerações, nossos netos e bisnetos, tenham a expectativa de uma qualidade de vida, sem maiores problemas.

O mais fácil, e temos com abundância, é o gás natural, que não vem sendo conveniente aproveitado. Milhões de metros cúbicos de gás são esperdiçados pela Petrobrás em nossas plataformas. O carvão mineral, o xisto betuminoso, entre outros, são as chamadas fontes de energia proveniente dos minerais, embora em quantidade limitada, não podemos estar colocando fora, pois tendem a esgotar-se, já que estão entre são as fontes de energia não-renováveis.

A energia mineral é utilizada para fornecer calor para os altos fornos das indústrias siderúrgicas, além de eletricidade através de usinas termelétricas. E, no caso do gás natural, pode ainda ser utilizado como combustível de automóveis e também para a geração, de forma barata energia elétrica.

Outra fonte, especialmente para os automóveis, grandes poluidores da humanidade, será o uso do hidrogênio como vetor energético, embora não tenha sido implantado no país, constitui-se numa opção ecológica para o futuro, e por outro lado, o uso de hidrogênio eletrolítico como matéria-prima industrial tornou-se uma realidade lucrativa. Os países desenvolvidos já possuem muitos protótipos de carros, movidos a hidrogênio.

Somos grandes produtores de açúcar, e o bagaço da cana, o eucalipto e a beterraba (dos quais se extrai álcool), produzem o que se chama de biomassa, sendo, pois, um conjunto de organismos que aproveitados, são excelente fontes de energia. Temos nesse campo uma diversidade de energéticos obtidos para uso pelo consumidor final, o que levaria o país a desenvolver um amplo espectro de atividades no campo da biomassa.

Um dos grandes problemas dos municípios brasileiros, podem se transformar em biogás, produzido pelas reações da matéria orgânica existente no lixo, além dos diversos tipos de árvores (lenha e carvão vegetal), alguns óleos vegetais (mamona, amendoim, soja, dendê). A mamona dá até junto aos dormentes de estradas de ferro.

Os estudiosos que fazem parte da Agência Internacional de Energia (AIE) calculam que dentro de mais ou menos vinte anos cerca de 30% do total de energia consumida pela humanidade será proveniente da biomassa, que salvo algumas exceções, elas são energias "limpas", isto é, que não produzem poluição e nem se esgotam e podem contribuir para eliminar parte dos danos ao meio ambiente, devido ao uso produtivo que fazem do lixo e outros detritos.

Temos também, os raios solares que chegam até nosso planeta e representam uma quantidade fantástica de energia não poluente e renovável. Podemos construir usinas em áreas de grande insolação, como o nordeste, e através de espelhos côncavos e painéis termo receptores.

Os homens públicos, as empresas em geral, as organizações não governamentais, precisam se posicionar, se preparando para uma nova era, pois apesar da máxima "de que nada se perde tudo se transforma", é preciso, entretanto, que tomemos a iniciativa, pois Deus criou no homem a sua imagem e semelhança e Ele não descerá dos Céus para resolver os nossos problemas.

(*) Advogado/Mestrando em Direito – carlos@priess.com.br

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